Projetos de Pesquisa

Um projeto é entendido como uma atividade de pesquisa, desenvolvimento ou extensão realizada sobre tema ou objeto específico, com objetivos, metodologia e duração definidos, e desenvolvida individualmente por um pesquisador ou, conjuntamente, por uma equipe de pesquisadores.





Projetos de Pesquisa – projetos cujo objetivo é o avanço do conhecimento científico, seja ele básico ou aplicado.





Projetos de Pesquisa Temático – projetos cujo objetivo é o avanço do conhecimento científico de forma ampla, seja ele básico ou aplicado. em um tema específico





Projetos de Extensão – projetos cujo objetivo é transferir para a sociedade o conhecimento científico construído, por meio de ações concretas que podem estar vinculadas a ONGs, escolas e demais organizações.





Projetos de Inovação – projetos que visem a formatação de tecnologia, a partir do conhecimento disponível.





Projeto interinstitucional – projeto desenvolvido entre duas ou mais instituições.





Projetos de Pesquisa Temáticos em andamento:

RESPONSÁVELTÍTULODESCRIÇÃO RESUMIDAPRODUÇÃO ASSOCIADA
Fábio Souto de Almeida (UFRRJ, ITR-Departamento de Ciências do Meio Ambiente)
E-mail: fbio_almeida@yahoo.com.br
Análise da relação entre as atividades antrópicas e a qualidade ambiental como base para o desenvolvimento sustentável: ênfase na geração e análise de procedimentos ambientalmente corretos na agricultura e silvicultura.
(Fitossanidade: Fitossanidade Aplicada)
Engloba projetos com o objetivo de gerar conhecimentos acerca das alterações ambientais provocadas pelas ações antrópicas, com ênfase nas modificações causadas pela agricultura e silvicultura, embora também aborde outros empreendimentos. Diagnosticando as causas e as consequências da degradação ambiental, pretende-se propor medidas mitigadoras preventivas e corretivas para as alterações ambientais negativas, incluindo produtos ou processos biotecnológicos ambientalmente corretos. Como o controle fitossanitário convencional é apontado como causador de impactos ambientais negativos de alta magnitude, a adoção de práticas alternativas ao uso de substâncias químicas sintéticas pode ser útil para a manutenção ou melhoria da qualidade ambiental e para a sustentabilidade produtiva dos agroecossistemas. Visa gerar informações úteis para propor estratégias para reverter a degradação ambiental e fomentar o desenvolvimento sustentável, incluindo a busca pela sustentabilidade produtiva dos agroecossistemas e a menor utilização de agrotóxicos químicos sintéticos, que são causadores de elevada degradação ambiental. Esses projetos estão relacionados a processos biotecnológicos para a manutenção da sanidade vegetal, aliados à conservação da adequada qualidade ambiental e da biodiversidade. Pretende-se inclusive gerar conhecimento e processos que auxiliem organizações privadas a adequar seus processos produtivos às exigências de órgãos de controle e dos consumidores conscientes dos malefícios da degradação ambiental.Link
Paulo Sergio Torres Brioso (UFRRJ, ICBS-Laboratório Oficial de Diagnóstico Fitossanitário)
E-mail: brioso@bighost.com.br
Análise de Risco de Pragas em Plantas associadas ao Agronegócio (Fitossanidade: Fitopatologia e Biotecnologia Aplicada à Fitopatógenos)A presente proposta visa promover a Análise de Risco de Pragas (ARP) e tem como objetivo geral o levantamento e a catalogação de informações sobre pragas (incluindo fitopatógenos) não regulamentadas e/ou regulamentadas (quarentenárias e potencialmente quarentenárias) associadas às culturas relevantes para o agronegócio nacional (Ornamentais e outras).Link
Henrique Trevisan (UFRRJ, IF-Departamento de Produtos Florestais) 
E-mail: hentrevisan@gmail.br
Análise do tratamento térmico superficial da madeira associado à incorporação de óleos residuais da indústria de celulose sobre a agregação de resistência biológica na madeira de Pinus caribaea var. caribaea (Fitossanidade: Entomologia e Biotecnologia aplicada as Pragas)Os processos de deterioração estão entre os principais fatores limitantes para a utilização da madeira, sendo necessária a adoção de técnicas que aumentem a durabilidade desse material. Biocidas são incorporados à madeira para impedir à ação de organismos xilófagos. Portanto, se faz relevante a busca por novos processos que tenham essa função, sendo eficientes e não poluidores. O tratamento térmico da madeira quando realizado em altas temperaturas agrega resistência biológica a esse material, em contrapartida, provoca perdas significativas nas propriedades mecânicas, o que é indesejado. A técnica tradicional japonesa de proteção de madeiras denominada Shou sugi ban, que consiste na carbonização externa de madeiras, associada a incorporação de um óleo vegetal, também visa agregar resistência biológica às madeiras. Esse método consiste na aplicação do calor de forma pontual, somente externamente madeira, adotando-se um emissor de chamas, o que resultaria na criação de uma “capa protetora” contra os organismos xilófagos, pois estes não a reconheceriam como fonte de alimento. Face a modificação térmica ser superficial e externa, o impacto negativo nas propriedades mecânicas é reduzido em comparação com aplicação de métodos tradicionais de tratamento térmico. Ainda, o aporte de resistência biológica é amplificado pela aplicação do de um óleo vegetal, que, habitualmente emprega-se o óleo de linhaça. A indústria de celulose Kraft, produz um óleo residual denominado Crude Tal Oil (CTO) e dois subprodutos, derivados do refino do CTO: Light oil (LO) e óleo Ejetor (OE), que podem serem testados como substituto ao óleo de linhaça empregado conjuntamente com o método japonês. Portanto, o projeto proposto objetiva avaliar a eficiência dos óleos residuais da indústria de celulose, empregados conjuntamente com técnica japonesa de preservação de madeira, sobre agregação de resistência à organismos xilófagos na madeira de Pinus caribaea var. caribaea.Link
Andres Calderin Garcia (UFRRJ, IA-Departamento de Solos)
E-mail: cg.andres@gmail.com
Aplicação de substâncias húmicas e fungos micorrízicos arbusculares para a proteção de plantas a estresses abióticos e bióticos (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia Aplicada à Produção Agrícola e Florestal) Trata-se de um projeto de pesquisa que visa o estudo, a elaboração e futura produção de alternativas biotecnológicas que aplicadas em plantas em condições desfavoráveis de estresse, forneçam resistência e proteção vegetal, permitindo a preservação da produção agrícola. O projeto estuda os mecanismos de ação de substâncias húmicas em plantas e a sua ação protetora diante estresses bióticos e abióticos assim como a sua inter-relação com fungos micorrízicos e efeitos no crescimento e desenvolvimento vegetal. No projeto se estuda e propões que a aplicação foliar e radicular de combinações de substâncias húmicas e fungos micorrízicos estimula as enzimas relacionadas com o metabolismo redox (POX, SOD, CAT), regulando assim os conteúdos de espécies radicais do oxigênio (ROS) (H2O2, O2.-) e por tanto preservando a integridade da membrana radicular. Candidatos biotecnológicos a base de substâncias húmicas e fungos micorrízicos também mostram estimular genes responsivos a aquaporinas do tonoplasto de vacúolo (TIPs) e de membrana (PIPs). Esperamos com este projeto criar bases de conhecimento que permitam a produção de candidatos biotecnológicos eficientes na defesa de plantas diante ambientes estressantes.Link
Fábio Souto de Almeida (UFRRJ, ITR-Departamento de Ciências do Meio Ambiente)
E-mail: fbio_almeida@yahoo.com.br
Biodiversidade, Fitossanidade e Manejo de Insetos em áreas cultivadas (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia aplicada a Fitossanidade)Engloba projetos que visam realizar o levantamento de informações sobre populações e comunidades de insetos, suas interações ecológicas e o papel desempenhado por tais espécies em áreas cultivadas com espécies agrícolas ou essências florestais. Visa ampliar o conhecimento acerca dos fatores ambientais que influenciam os insetos e suas interações ecológicas, com objetivo de gerar base científica para estabelecer estratégias para potencializar a presença e as atividades de espécies benéficas á produção agrícola e florestal e reduzir as populações de espécies-praga e seus efeitos danosos às plantas cultivadas. Inclui a investigação das alterações que ocorrem nas comunidades de insetos com as mudanças no uso do solo e na estrutura dos agroecossistemas e como essas alterações podem afetar a produção vegetal. São realizados levantamentos de espécies presentes em áreas cultivadas, especialmente formigas (Hymenoptera: Formicidae) e as espécies que interagem com a mirmecofauna. Trata do manejo de espécies de insetos danosas, incluindo estratégias para a estruturação do ambiente visando a manutenção do equilíbrio entre as espécies, evitando que espécies danosas às plantas alcancem o nível de dano econômico, aborda o controle biológico e a geração de biotecnologias e o teste da sua efetividade. Busca ainda conhecer as funções desempenhadas pelas diferentes espécies de insetos nas áreas cultivadas.Link
Jean Luiz Simões de Araújo (Embrapa – Agrobiologia
E-mail: jean.araujo@embrapa.br
Biotecnologia aplicada à produção agroflorestal
(Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia aplicada a Produção Agrícola e Florestal)
Esse projeto busca obter soluções biotecnológicas sustentáveis para aumentar produtividades agrícola e florestal. Hoje, é amplamente reconhecido que a produtividade vegetal é afetada por uma grande diversidade de microrganismos (principalmente bactérias e fungos) que vivem em associação com as plantas. Embora sejam classicamente mais conhecidos como causadores de doenças, muitos desses microrganismos naturais têm efeitos benéficos sobre as plantas, entre outros por melhorar aspectos nutricionais. Por exemplo, determinados grupos de bactérias, que vivem no solo em associação com as raízes, têm a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico e transferí-lo para as plantas hospedeiras. Outro exemplo são certos fungos, por exemplo os fungos micorrízicos, que auxiliam as plantas na aquisição de fósforo e outros nutrientes. Existem ainda os microrganismos que têm utilidade direta como produto agrícola, como os fungos cultivados comestíveis. O aumento das densidades populacionais e os cidadãos cada vez mais conscientes exigem altos níveis de produção agrícola com um mínimo de impacto negativo sobre o meio-ambiente. Para atender a esse desafio, será fundamental aproveitar ao máximo os recursos naturais microbiológicos e vegetais de forma inteligente. Nesse sentido, o presente projeto visa aplicar os conhecimentos e tecnologias do estado-da-arte para desenvolver tecnologias envolvendo microrganismos para a produção agrícola e florestal. 1) microrganismos, ou misturas de microrganismos, serão isolados do meio ambiente, selecionados e avaliados quanto à sua aplicabilidade na produção vegetal e na formulação de inoculantes. Metodologias de genômica, biologia molecular, fisiologia e bioquímica serão aplicadas para classificar os microrganismos e para estudar suas características funcionais. Ensaios de inoculação de culturas de interesse em condições controladas e em campo serão aplicados para a validação de tecnologias. 2) Investiga-se aspectos funcionais (fisiológicos e moleculares) das interações entre planta, microrganismo e ambiente. Essa linha de estudo envolve metodologias avançadas como genômica, transcriptômica, PCR em tempo real, microscopia confocal a LASER e edição gênica. Como resultados, espera-se ampliar o conhecimento científico sobre a taxonomia, bioquímica e ecologia desses microrganismos; desenvolver novos produtos biotecnológicos; estudar os mecanismos envolvidos na interação planta-microrganismo e suas consequências; e recomendar novas práticas de manejo para culturas agrícolas e florestais envolvendo a utilização de microrganismos.Link
Paulo Sergio Torres Brioso (UFRRJ, ICBS-Laboratório Oficial de Diagnóstico Fitossanitário)
E-mail: brioso@bighost.com.br
Desenvolvimento de kit diagnóstico (molecular) para fitopatógenos associados a sementes, mudas e elementos de propagação (Fitossanidade: Fitossanidade Aplicada)O atual projeto estreita a parceria científica entre a área de Fitopatologia da UFRRJ e outras instituições (nacionais e privadas), estando relacionado com o desenvolvimento de metodologia de indexação para fitopatógenos eficiente, sensível e rápida a nível nacional, de insumo biotecnológico e desenvolvimento de sementes/ mudas e elementos de propagação de diferentes culturas indexadas, resistentes e sadias formando um núcleo de excelência relativo a diagnose, biotecnologia e controle de fitopatógenos. Isso acarretará, portanto, benefícios diretos, como o desenvolvimento de tecnologia moderna de indexação (produção de sondas moleculares específicas para fitopatógenos e teste de PCR Multiplex, PCR convencional, RT-PCR, Nested PCR, Teste Imunocromatográfico para espécies de fitopatógenos em infecção simples ou mista) à ser utilizada em outras culturas e espécies vetoras, treinamento de pessoal e fornecimento de mudas/ elementos de propagação sadias e certificadas de cultivares regionais assim como de sementes de cultivares resistentes à fitopatógenos. Indiretamente, teremos uma produtividade maior, geração de emprego em função do aumento da produtividade, diminuição nos custos da cultura, bem como o aumento da fonte de suprimento alimentar à população carente. Favorecendo de imediato o desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio de Janeiro em função da melhor qualidade dos seus produtos.Link
Ederson da Conceição Jesus (Embrapa – Agrobiologia)
E-mail: ederson.jesus@embrapa.br
Estratégias metodológicas inovadoras para a avaliação e manejo da FBN na cultura do feijoeiro (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia aplicada a Fitopatologia)O presente projeto visa preencher lacunas metodológicas na experimentação e na avaliação da fixação biológica de nitrogênio (FBN) na cultura do feijoeiro, tanto nos estudos de interação microrganismo-planta quanto na aplicação prática da FBN em condições de campo. O feijoeiro foi escolhido por representar um desafio no que diz respeito ao estabelecimento de uma simbiose efetiva com rizóbios em condições de campo e devido à necessidade de se incluir a FBN nos programas de seleção de cultivares para a cultura. A equipe pretende desenvolver metodologias e tecnologias que auxiliem os melhoristas e microbiologistas a avançarem em suas pesquisas, algumas das quais poderão, inclusive, ser adaptadas para outras culturas, como a soja e o caupi, e mesmo culturas não leguminosas. Serão aplicadas duas abordagens. A primeira delas visa prospectar moléculas indicadoras de combinações simbióticas planta-microrganismo eficientes e com potencial para o desenvolvimento de testes diagnósticos rápidos e de fácil utilização, que possam ser utilizados por técnicos de campo. O foco será a parte aérea, visto que essa é a parte da planta de mais fácil acesso ao melhorista e ao agricultor. As moléculas serão identificadas pela aplicação e técnicas de proteômica e metabolômica. Estas terão o suporte da transcriptômica e tirarão proveito das informações já disponíveis sobre o genoma do feijoeiro. No que diz respeito ao microrganismo, o objetivo será identificar marcadores estirpe-específicos que possam ser utilizados para avaliar a eficiência da inoculação tanto por rizóbios como por Azospirillum no campo. Uma vez identificados os marcadores, protocolos para detecção desses microrganismos serão desenvolvidos e testados em condições controladas e de campo. A segunda abordagem terá foco em atividades de campo, com três objetivos: (1) ajustar a metodologia de avaliação de ureídos para uso em condições de campo; (2) identificar os principais fatores envolvidos no sucesso e no insucesso da tecnologia de inoculação em condições de campo; e (3) validar as moléculas identificadas durante as pesquisas de laboratório em condições de campo, bem como as metodologias para o monitoramento de microrganismos. Estudos básicos visarão estabelecer a melhor época de avaliação do percentual de ureídos e definir qual tecido vegetal apresenta maior correlação com o nitrogênio obtido através da fixação biológica de nitrogênio (FBN) em condições de campo. O percentual de ureídos será correlacionado com dados de quantificação da FBN obtidos através do método de diluição isotópica do 15N. Para construção do banco de metadados, experimentos de campo padronizados serão montados em diferentes anos no centro-oeste, sudeste e sul do Brasil. As plantas serão inoculadas com estirpes de rizóbio e Azospirillum selecionadas para o feijoeiro. Dados de solo, clima e manejo serão analisados em conjunto com os dados de produtividade e pontencial de FBN das lavouras por meio da aplicação de técnicas de estatística multivariada e meta-análise. As metodologias desenvolvidas no laboratório serão testadas em material coletado no campo de modo a avaliar sua eficiência nessa condições. Todas as informações obtidas serão analisadas em conjunto de modo a fornecer uma análise conjunta dos fatores relacionados ao desempenho da cultura.Link
Henrique Trevisan (UFRRJ, IF-Departamento de Produtos Florestais) 
E-mail: hentrevisan@gmail.br
Estudo de insetos associados às essências florestais no Estado do Rio de Janeiro (Fitossanidade: Entomologia e Biotecnologia aplicada as Pragas)O projeto está sendo desenvolvido no estado do Rio de Janeiro, em áreas com fragmentos de florestas e em reflorestamentos, avaliando a sazonalidade e a ocorrência de insetos associados às espécies vegetaisLink
Sharon Santos de Lima (UFRRJ, ICBS-Departamento de Ciências Farmacêuticas)
E-mail: sharon.botanica@gmail.com
Farmacobotânica de matéria-prima vegetal e produção de plantas in vitro (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia Aplicada à Fitossanidade) Como parte das ações necessárias para garantir segurança e eficácia do uso de plantas medicinais, este projeto tem por objetivo definir caracteres farmacognósticos destas plantas e elaborar protocolos de propagação in vitro de plantas medicinais ou outras plantas de interesse econômico.Link
Carlos Antonio Inácio (UFRRJ, ICBS-Departamento de Entomologia e Fitopatologia)  
E-mail: inacio@ufrrj.br
Fungos cercosporóides associados à vegetação de Mata Atlântica com ênfase ao Parque Natural Municipal do Curíó, Paracambi – RJ (Fitossanidade: Fitopatologia e Biotecnologia Aplicada à Fitopatógenos) O Brasil é considerado o país de maior diversidade biológica, destacando-se no ranking mundial entre os países: México, Colômbia, Equador, Peru, Austrália, Zaire, Madagascar, China, Índia, Malásia, Indonésia. Embora seja considerada uma das regiões de maior biodiversidade do planeta, a Mata Atlântica é, paradoxalmente, uma das mais ameaçadas do mundo logo, torna-se imperativo o conhecimento da micobiota associada á espécies vegetais ainda presentes neste bioma. A diversidade de fungos é estimada em um mínimo de 1,5 milhões de espécies (Hyde, 2001; Hawksworth & Rossman, 1997; Hawksworth, 2001) e somente 70.000 destas espécies de fungos são conhecidas (Garcia, 1995; Hawksworth 1991) no caso do Brasil cerca de 12,5 mil a 13,5 mil já foram espécies descritas (Peixoto & Morim, 2003). Até o ano de 1997 a biodiversidade fúngica do cerrado era representada por 834 espécies (Dianese et. al., 1997; Sales, 2003). Levando em conta o critério adotado por Hawksworth (1991) de estimativa do número de fungos existentes, que se baseou no número de espécies fúngicas por planta hospedeira, Dianese (2001) estimou para o cerrado cerca de 20 a 24 mil espécies fúngicas. Sabe-se que mais de 365.000 espécies de plantas já foram catalogadas, que corresponde a cerca de 60% das existentes (Garcia, 1995). Comparando-se com a percentagem das espécies de plantas descritas, a proporção de fungos conhecidos é insignificante, principalmente no tocante a fungos endofíticos e outros folícolas em espécies arbóreas, em especial do bioma Mata Atlântica. Diante do potencial deste bioma e do crescimento da demanda por conhecimento acerca da biodiversidade, este trabalho tem como objetivo estudar fungos cercosporóides de ocorrência em vegetação de Mata Atlântica, em especial no Parque Natural Municipal do Curió, situado no município de Paracambi no Rio de Janeiro.Link
Luc Felicianus Marie Rouws (Embrapa – Agrobiologia)
E-mail: luc.rouws@embrapa.br
Insumos biológicos microbianos como estratégia para aumento da produtividade de hortaliças no Estado do Rio de Janeiro
(Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia aplicada a Fitossanidade)
A olericultura no Brasil tem grande importância social, econômica, industrial e alimentar, mas o consumo de hortaliças no país ainda é dez vezes abaixo do recomendado pela OMS. Insumos biológicos podem ser considerados uma solução que atende a essa demanda de alimentos, inclusive os orgânicos. O seu uso no país vem crescendo e o Brasil é um dos grandes líderes mundiais em se tratando de uso de inoculantes contendo microrganismos promotores de crescimento de plantas. Infelizmente existem pouquíssimos produtos para hortaliças disponíveis no mercado e registrados no MAPA, seja para controle biológico ou promoção de crescimento de plantas. A literatura já descreveu diversas estirpes que colonizam raízes de plantas, com capacidade de fixação biológica de nitrogênio, produção de hormônios vegetais, de antimicrobianos, de sequestradores de ferro e solubilização de nutrientes como fosforo e zinco que podem melhorar o crescimento de hortaliças. A Embrapa Agrobiologia possui um longo histórico de pesquisa com insumos biológicos e desenvolvimento de produtos para diversas culturas de interesse agrícola e florestal. Unindo-se esta experiência (juntamente com parceiros da UFRRJ e Pesagro) com o interesse do setor produtivo por produtos de base ecológica e a falta destes insumos biológicos para hortaliças, buscamos validar a eficácia de microrganismos pré-selecionados promotores do crescimento de plantas ou controladores de doenças. Esta proposta busca desenvolver inoculantes para alface, tomate e brássicas, que estão entre as olerícolas de mais importância para o Brasil e com muita expressão nas regiões de altitude do Estado Rio de Janeiro. Nosso objetivo é desenvolver uma tecnologia com base em insumos biológicos microbianos que permita a produção de mudas mais fortes e saudáveis e que tenham maior resistência a doenças, reduzindo os gastos com fertilizantes e defensivos na produção convencional e orgânica de mudas.Link
Patrícia Silva Golo (UFRRJ, IV-Departamento de Parasitologia Animal)
E-mail: patriciagolo@gmail.com
Interação entre fungos entomopatogênicos e plantas para o controle de artrópodes praga (Fitossanidade: Fitossanidade Aplicada)O controle biológico de artrópodes praga utilizando fungos entomopatogênicos é uma alternativa ao uso de agentes químicos inseticidas e acaricidas. O mercado de produtos biológicos está em pleno crescimento no Brasil, um dos principais desenvolvedores de produtos de controle biológico para controle de insetos na agricultura. No país, diversas culturas fazem o uso de controle biológico. Alguns produtores o usam como principal forma de controle, uma vez que produtos sintéticos promovem, com maior facilidade, a seleção de biótipos resistentes, causando menor eficiência de controle da praga a cada ciclo. Embora, a grande maioria dos trabalhos sobre fungos entomopatogênicos e insetos discutam a redução dos danos causados por insetos através da morte desses artrópodes em decorrência de infecção fúngica palo tratamento com conídios, há relatos onde sugere-se que essa supressão dos danos causados por insetos poderia ser o resultado de inibição alimentar ou efeito fagodepressivo em resposta à colonização fúngica na planta. Tal efeito estaria relacionado com a produção de metabólitos secundários deste fungo. Há relatos também sobre como fungos entomopatogênicos endófitos reduziram significativamente a reprodução do pulgão e a taxa de crescimento de gafanhotos. Há diversos estudos de fungos entomopatogênicos com potencial endofítico, como por exemplo Metarhizium, reportado por atuar mais precisamente na região da rizosfera. Estudos indicam que estes fungos promovem o crescimento de raízes, alterações na arquitetura do sistema radicular, promovendo maior absorção de nutrientes por parte das plantas hospedeiras, aumentando a resistência a fatores abióticos e bióticos. Apesar destes estudos, alguns aspectos da interação fungo versus planta ainda não estão bem esclarecidos. Dessa forma o objetivo do presente projeto é analisar os efeitos do tratamento com fungos entomopatogênicos na biomassa de plantas e o impacto da presença endofítica destes fungos no controle de ácaros e insetos-praga. A competência endofítica pode ser uma característica valiosa desses fungos em seu uso contra pragas artrópodes agrícolas. Estas informações são extremamente relevantes para programas de controle biológico de pragas e para o desenvolvimento de formulações comerciais.Link
Rosane Nora Castro (UFRRJ, IQ-Departamento de Química Orgânica)
E-mail: noraufrrj@gmail.com
Isolamento, Identificação e Avaliação das propriedades biológicas de produtos naturais em matrizes de origem apicola (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia aplicada à Produção Agrícola e Florestal)As abelhas A. melifera produzem além do mel, outra substância a própolis, produtos que são amplamente utilizados desde os tempos antigos devido às suas propriedades nutricionais e terapêuticas. No presente projeto as análises físico-químicas de méis e própolis serão realizadas com o objetivo de comparar os resultados obtidos com padrões ditados por órgãos oficiais, deixando clara não só a preocupação com a qualidade desses produtos produzidos internamente, como também, tornando possível a fiscalização de produtos apícolas importados com relação às suas alterações. Para além dos parâmetros físico-químicos, as amostras de mel e própolis serão avaliadas quanto ao teor em substâncias fenólicas e suas capacidades antioxidantes através do efeito bloqueador de radicais livres (DPPH e ABTS) e do poder redutor (FRAP), além de serem identificadas e isoladas as substâncias bioativas presentes nessas matrizes, serão investigadas também algumas propriedades biológicas, tais como atividade antifúngica, antimicrobiana e antiparasitária. O mel e a própolis constituem uma fonte promissora de compostos naturais para o desenvolvimento de novos agentes quimioterápicos no tratamento da doença de Chagas, bem como antifúngicos e antimicrobianos. Além disso, investigações fitoquímicas e biológicas devem ser estimuladas para que o potencial terapêutico dos produtos apícolas possa ser plenamente utilizado, já que surge como uma alternativa natural ainda não totalmente explorada para o tratamento de diversas enfermidades. As dezenas de atividades biológicas e o alto valor agregado atribuído à própolis e ao mel justificam o interesse global das pesquisas a ela relacionadas, e o trabalho desenvolvido pelo nosso grupo de pesquisa. Neste trabalho espera-se determinar a qualidade de extratos de mel e própolis por meio das análises físico-químicas, capacidade antioxidante e quimiometria, bem como investigar o perfil químico e suas propriedades biológicas. Este projeto será desenvolvido no Laboratório 48 (LaQMed/LaQMel) localizado no prédio da Química, que conta com o apoio do Programa de Pós-graduação de Química, vinculado ao Instituto de Química-UFRRJ, bem como, com a colaboração de vários docentes e discentes vinculados a Universidade. O PPGQ apresenta estrutura compatível para desenvolvimento das atividades relacionadas ao projeto, contando com a infraestrutura do próprio laboratório LaQMed/LaQMel que encontra-se equipado com parte dos matérias de consumo e com materiais permanentes (evaporador rotatório, banho ultrassom, placa aquecedora, estufa, pHmetrô, balança analítica, etc), e também do laboratório 60 (Laboratório de Cromatografia Líquida) para realizar as análises relacionadas a pesquisa. Além desses espaços, o PPGQ conta com a Central Analítica Multiusuário (onde estão os equipamentos de RMN, FTIR, CG-FID, CG-EM, LC-MS), fundamental para o pleno desenvolvimento do projeto. Cabe destacar também, que vários apoios financeiros ao longo dos últimos 3 anos, tanto individuais, quanto institucionais no âmbito do PPGQ foram subsidiados pela FAPERJ e por outras agências de fomento (CAPES-PROAP, CNPq, FINEP, Petrobrás, SENAI), e auxiliarão na execução deste projeto. Quanto às demais despesas (materiais de consumo, descartáveis, materiais biológicos e manutenção de equipamentos) necessárias para a realização do projeto, parte serão custeadas com auxílio financeiro do CAPES- PROAP, bem como outros recursos adquiridos nos últimos anos pela coordenadora do projeto e demais colaboradores vinculados a ele. Os principais aportes financeiros utilizados para o desenvolvimento desse projeto estão sendo subsidiados pela FAPERJ, CAPES e Instituto SENAI, embora no presente momento não estejamos recebendo financiamento de nenhum órgão de fomento, mesmo tendo projetos que foram aprovados desde 2015. Cabe destacar, que a coordenadora desta pesquisa tem três projetos aprovados na FAPERJ, porém os recursos ainda não foram liberados. Mesmo diante desse cenário, as pesquisas permanecem sendo desenvolvidas com os materiais que foram adquiridos através dos recursos de projetos anteriores.Link
Luc Felicianus Marie Rouws (Embrapa – Agrobiologia)
E-mail: luc.rouws@embrapa.br
Núcleo de Microscopia Avançada para apoiar ciência, tecnologia e inovação agropecuária no polo UFRRJ-Embrapa-Pesagro, Seropédica
(Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia aplicada à Fitopatologia)
Em 2014, a Embrapa Agrobiologia inaugurou o ‘Núcleo de Microscopia Avançada’ com infraestrutura para microscopia confocal de varredura a laser e microscopia eletrônica de varredura. Esse núcleo têm tido um papel crucial na geração de dados de microscopia para o polo de pesquisas de Seropédica, na forma de teses, dissertações, artigos científicos e aperfeiçoamento de recursos humanos. Link
Paulo Sergio Torres Brioso (UFRRJ, ICBS-Laboratório Oficial de Diagnóstico Fitossanitário)
E-mail: brioso@bighost.com.br
Programa de mudas/ sementes de cultivares melhoradas, indexadas, livres de fitopatógenos e, desenvolvimento de insumos biotecnológicos para o Estado do Rio de Janeiro (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia Aplicada à Produção Agrícola e Florestal) O atual projeto estreita a parceria científica entre o Laboratório Oficial de Diagnóstico Fitossanitário da UFRRJ e Empresas (públicas e/ou privadas), estando relacionado com o desenvolvimento de metodologia de indexação eficiente, sensível e rápida a nível nacional, de insumo biotecnológico e desenvolvimento de sementes/ mudas de diferentes culturas indexadas, resistentes e sadias formando um núcleo de excelência relativo a diagnose, biotecnologia e controle de vírus. Isso acarretará, portanto, benefícios diretos, como o desenvolvimento de tecnologia moderna de indexação (produção de sondas moleculares específicas para famílias virais e teste de PCR Multiplex para espécies virais em infecção simples ou mista) à ser utilizada em outras culturas e espécies vetoras, treinamento de pessoal e fornecimento de mudas sadias e certificadas de cultivares regionais assim como de sementes de cultivares resistentes à vírus. Indiretamente, teremos uma produtividade maior, geração de emprego em função do aumento da produtividade, diminuição nos custos da cultura, bem como o aumento da fonte de suprimento alimentar à população carente. Favorecendo de imediato o desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio de Janeiro em função da melhor qualidade dos seus produtos.Link
Carlos Antonio Inácio (UFRRJ, ICBS-Departamento de Entomologia e Fitopatologia)  
E-mail: inacio@ufrrj.br
Recuperação do Herbário Fitopatológico – Verlande Duarte Silveira – UFRJ, Seropédica – RJ (Fitossanidade: Fitopatologia e Biotecnologia Aplicada à Fitopatógenos) Preâmbulo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ UFRRJ (antiga Escola Nacional de Agronomia – ENA) está hoje composta por 11 Institutos, onde no Instituto de Biologia – IB, encontra-se inserido o departamento de Entomologia e Projetos de pesquisa/Fitopatologia, que conta com o herbário Fitopatológico “Verlande Duarte Silveira” (UFRJ); neste herbário, estão depositados aproximadamente 15.000 espécimes (levantamento recente). Cabe mencionar que esta coleção, iniciada em 1916, tem um imenso valor científico e histórico, pois estão presentes espécimes da coleção particular de Arsènne Puttemans que na Primeira Reunião de Fitopatologistas do Brasil realizada em Janeiro de 1936 (Moura, 2006), afirmou: Ignoro em que museus se encontram actualmenite os typos e cotypos do material colhido por PUIGGARI e por elle mandado aos seus correspondentes; a não ser parte dos seus fungos, que talvez se encontram no Museu Spegazzini em La Plata (Argentina); porém, para os que isso possa interessar, tenho o prazer de communicar que no meu herbário particular possuo, não sómente exemplares de fungos a mim offerecidos há muitos annos, pelo meu fallecido amigo Dr: Ignacio Puiggari Filho, mas que tambem comprei da Exma. Sra. viuva PUIGGARI que ainda existia, ou foi possível salvar, das collecções PUIGGARI damnificadas pela falta de conservação adequada, mas que, assim mesmo, representa material scientifico valiosíssimo. Puttemans também coletou vários espécimens, os quais foram enviados para Paul Hennings (Hennings, 1902a,b; 1904a,b; 1908) na Alemanha e depositados no Herbário de Berlim, herbário este destruído durante a Segunda Grande Guerra, o qual parte da coleção salva fora enviada ora para o Herbário de Kew (K) ou S (Stockholm Natural History Museum) ou Herbário de Viena (W), tal que provavelmente a maioria do material enviado por Puttemans inexiste ou foi parcialmente destruído. Cabe mencionar que grande maioria dos isótipos encontram-se depositados no Herbário Fitopatológico Verlande Duarte Silveira (UFRJ), carecendo de maiores estudos (Inácio com. pess.). Salenta-se que, esta coleção conta também com espécimes de outros micologistas e / ou fitopatologistas destacados, como Heitor Vinícius da Silveira Grillo, André Maublanc e Eugenio Rangel além de Verlande Duarte Silveira, os quais muito contribuíram para o ensino e estudo de doenças de plantas no país (Cupertino, 1993; Puttemans, 1936; Moura, 2006; Silveira, 1996). Lamentavelmente, o estado em que se encontrava a coleção era e é extremamente preocupante, fazendo-se necessárias medidas urgentes visando sua recatalogação; ampliação do espaço físico; melhorias das condições de conservação e de preservação (obs. algumas medidas tem sido implementadas nos últimos 3 anos, como exemplo o acondicionamento do material parcialmente destruído em novos envelopes e catalogação utilizando-se de um banco de dados). Aliado ao interesse no estudo de fungos tropicais e de interesse fitopatológico, presentes no bioma Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro, BrasilLink
Ricardo Luis Louro Berbara (UFRRJ, IA-Departamento de Solos)     
E-mail: berbara@ufrrj.br
Substâncias húmicas e fungos micorrizicos arbusculares em plantas sob estresse hídrico (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia Aplicada à Fitopatologia) Estudos sobre potencial sinergismo entre FMAs e Substâncias húmicas.Link
Nivaldo Schultz (UFRRJ, IA-Departamento de Solos)
E-mail: nivaldods@ufrrj.br
Uso de insumos biológicos e extrato húmico de aterros sanitários como insumos agrícolas e florestais (Biotecnologia Aplicada: Biotecnologia Aplicada à Produção Agrícola e Florestal)Desenvolver pesquisas aplicadas nas áreas de fixação biológica de nitrogênio naturalmente associada a cana-de-açúcar; identificação de fatores que podem estar interferindo na eficiência da inoculação da cana-de-açúcar com bactérias diazotróficas e o aproveitamento de chorume de aterros sanitários para a produção de insumos agrícolas, sempre buscando entender os mecanismos e a aplicação de biotecnologias na produção agrícola e florestal.Link