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PPHR

Programa de Pós-Graduação em História

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Área de concentração e linhas de pesquisa

 

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

 Relações de Poder e Cultura

Relações de Poder e Cultura são conceitos polissêmicos que se constituem em categorias centrais para a análise histórica. Surgem como referências obrigatórias no estudo de uma ampla gama de objetos de investigação: mundos do trabalho, movimentos sociais, cidadania, religiosidade, cultura material, cultura iterária, cultura historiográfica, cultura política e ideologia. Ao adotar este foco para a área de concentração do nosso programa de pós-graduação, recusamos uma separação dicotômica entre história política e história social. Ao contrário, enfatizamos o entrelaçamento entre ambas, gerando realidades complexas e multifacetadas, que podem ser recortadas e abordadas de formas diversas, dependendo do referencial teórico e analítico adotado.

LINHAS DE PESQUISA

 

Relações de Poder, Linguagens e História Intelectual

A linha de pesquisa Relações de poder, linguagens e história intelectual reúne projetos que abordam: 1) a história intelectual e/ou dos intelectuais, das práticas de escrita, edição, circulação e recepção de textos, assim como a história da historiografia e outros gêneros históricos, incluindo pesquisas relacionadas às teorias e filosofias da história; 2) a história política, com foco nos atores, partidos, corporações e movimentos coletivos, assim como na história das instituições civis e militares, prevalecendo os estudos sobre os séculos XIX e XX; 3) a história das religiões e das religiosidades, articuladas às práticas políticas e culturais, com amplo recorte temporal, que vai da Antiguidade, passando pelo medievo até o mundo contemporâneo, com destaque para a época moderna; 4) a história das relações de gênero, masculinidades, transgeneridades, travestilidades e processos de construção das identidades coletivas a partir de diferentes tipos de discursos (médico, jurídico, religioso, científico, literário etc.), que conformam as normas e os desvios sociais.

Na delimitação de ambas as linhas, articulam-se “relações de poder” e “cultura” como chaves conceituais e analíticas para um conjunto diversificado de problemas historiográficos e objetos de investigação em detrimento dos critérios usuais de identificação, seja pelo recorte de periodização quadripartite (história antiga, moderna, contemporânea), ou pelo enquadramento espacial geográfico ou ainda pela filiação a alguma subárea de estudos (como história social, política, econômica ou cultural). A ênfase nessas duas categorias funciona como uma baliza conceitual para os projetos alocados em cada uma das linhas, de modo a reforçar a aderência à área de concentração do programa, sem prejuízo da diversidade das abordagens, fontes documentais, referenciais teóricos e ferramentas metodológicas dos(as) pesquisadores(as). Nas duas linhas, a ênfase nas “relações de poder” como mecanismo produtivo e vetor da dinâmica das relações sociais constituídas historicamente, pretende demarcar a preocupação crítica em complexificar os usos das categorias “social” e “cultural” pelos historiadores, de modo a possibilitar o estudo das mediações históricas, dinâmicas e estruturantes das experiências coletivas que são objetos e problemas da historiografia. 

Na linha 2, a ênfase na linguagem merece ser justificada, posto que pretende delimitar o pressuposto de que as codificações simbólicas e modalidades discursivas não podem ser tomadas como instrumentos neutros e transparentes de descrição das realidades históricas, ou tampouco destituídos de implicações epistêmicas, éticas e políticas. Com isso, abrem-se possibilidades para estudos nos quais as representações, as formas e tropos narrativos, o imaginário, as práticas de memória, os testemunhos, as subjetividades e discursos sobre si e o outro adquirem estatuto heurístico privilegiado, deixando de ser considerados meros resquícios secundários para a compreensão dos processos e fenômenos históricos. Sob essa chave, a história intelectual converte-se em um campo de estudos, cujos objetos, abordagens e perspectivas de análise, além de variadas, são necessariamente interdisciplinares. Transitando na fronteira de outras subáreas, como a história dos intelectuais e a história cultural ou das mentalidades (de filiação historiográfica francesa), ou a história das ideias, a história política e a filosofia da linguagem (conforme a versão predominante nas historiografias britânica e norte-americana), a história intelectual tem ampliado seu horizonte de pesquisa em diferentes direções. Isso se observa em estudos que abarcam desde a história dos conceitos, passando pelos debates sobre história da leitura, da recepção e circulação de ideias, até pesquisas em torno das gerações, movimentos ou redes intelectuais, ou mesmo do estudo de biografias e trajetórias de intelectuais. Além disso, nas últimas décadas, a história intelectual tornou-se espaço para importantes questionamentos teórico-metodológicos e conceituais, que colocaram no centro das discussões o próprio estatuto do trabalho historiográfico: as possibilidades de interpretação do texto histórico, de seus contextos de produção, recepção e circulação.

Cabe ainda destacar que ambas as linhas colocam em foco as discussões sobre o local, o regional e o global, por meio de perspectivas conceituais e analíticas renovadas, que tensionam o paradigma da história eurocêntrica e a aplicação de modelos gerados a partir de estudos empíricos focados em regiões consideradas “centrais”. Neste sentido, há que se destacar a importância dos estudos sobre a Ásia, a África, as Américas e suas relações com as sociedades ibéricas. O esforço de integrar a experiência de diversos agentes sociais individuais e coletivos, para além das fronteiras do Estado-nação, em histórias conectadas, transnacionais, comparativas e integradas, torna possível a compreensão dos processos de circulação internacional de capital, mercadorias e ideias e do papel das instituições na construção de relações de poder. Além disso, as duas linhas de pesquisa acolhem estudos sobre a história local, com foco em temas e problemas relacionados à história da região da Baixada Fluminense, a partir de diferentes recortes temporais. Vinculadas, em parte, aos acervos documentais vinculados à UFRRJ, como o CEDIM e o CEDOC, essas pesquisas privilegiam o espaço geográfico de entorno de dois campi da universidade (Seropédica e Nova Iguaçu), além do município de Itaguaí e adjacências, como Santa Cruz.

Pesquisadores vinculados à linha:

  1. Adriana Barreto de Souza
  2. Carolina Gual da Silva
  3. Clínio de Oliveira Amaral
  4. Fabio Henrique Lopes
  5.  Fabio Koifman
  6. José Costa d’Assunção Barros
  7. José Nicolao Julião
  8. Luciana Mendes Gandelman
  9. Luis Edmundo de Souza Moraes
  10. Luiz Guilherme Assis Kalil
  11. Marcelo Otávio Neri de C. Basile
  12. Marcelo Santiago Barriel
  13. Margareth de Almeida Gonçalves
  14. Maria da Gloria de Oliveira
  15. Patricia Souza de Faria
  16. Rebeca Gontijo Teixeira
  17. Surama Conde Sá Pinto
  18. Yllan de Mattos Oliveira

Relações de Poder, Trabalho e Práticas Culturais 

A linha de pesquisa Relações de poder, trabalho e práticas culturais reúne projetos sobre fenômenos vinculados às práticas culturais, econômicas e políticas nos contextos moderno e contemporâneo, que podem ser distribuídos em dois grupos principais: 1) aquele que investiga o mundo do trabalho e da economia, focalizando os processos de construção das identidades coletivas, como parte da formação das culturas de classe, conflitos, movimentos sociais, migrações, estratégias associativas e a agência dos(as) trabalhadores(as) escravizados(as) e livres, suas lutas políticas e de resistência, além de estudos sobre a indústria, as elites e instituições econômicas e políticas, empresas e formas de propriedade (material e intelectual)no período contemporâneo; 2) o grupo que estuda os modos de governança, hierarquização social, elites econômicas e políticas e suas redes de sociabilidade relacionadas ao Estado moderno, ao Antigo Regime e ao império português, as formas de mercantilização, acumulação de capitais, escravidão, tráfico escravista, hierarquias e desigualdades, assim como práticas de resistência e protagonismos indígenas, prevalecendo como recorte temporal o período entre os séculos XVII e XVIII. Resumidamente, a ênfase recai sobre as categorias “trabalho” e “práticas culturais”, tendo em vista uma abordagem renovada das histórias social e econômica, com foco nos processos de produção e reprodução da vida, nas hierarquias sociais, nos conflitos e negociações, na agência dos sujeitos, na relação entre o micro e o macro, nas desigualdades, formas de dominação, exploração e resistência.

Pesquisadores vinculados à linha:

  1. Alexandre Fortes
  2. Álvaro Pereira do Nascimento
  3. Carlos Eduardo Coutinho da Costa
  4. Fabiane Popinigis
  5. Felipe Santos Magalhães (colaborador)
  6. Jean Rodrigues Sales
  7. João Márcio Mendes Pereira
  8. Marcos José de Araújo Caldas
  9. Mônica da Silva Ribeiro
  10. Mônica de Souza Nunes Martins
  11. Pedro Henrique Pedreira Campos
  12. Roberto Guedes Ferreira
  13. Ronald Apolinário de Lira
  14. Vania Maria Losada Moreira
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