Doutoranda Lívia Salgado publica livro

A doutoranda Lívia Salgado, da turma de 2016, acaba de publicar o livro Narrativas de Dor e Silêncio: Tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura.

‘‘Narrativas de Dor e Silêncio: Tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura’’ propicia aos pesquisadores e aos interessados em geral um estudo abrangente e cuidadoso sobre torturados, presos e violentados durante o período da ditadura civil – militar brasileira (1964/1985). Trata-se de um trabalho valioso, construído a partir de entrevistas feitas com integrantes do Grupo Tortura Nunca Mais e baseado em depoimentos públicos concedidos à Comissão da Verdade, ambos do município do Rio de Janeiro.  O livro é produto de uma belíssima e dolorosa pesquisa. Versa sobre diferentes experiências de vida de pessoas que, em função de suas tomadas de posição política, foram levadas a viver uma vida clandestina; presas e/ou conduzidas ao exílio, tendo, por isso, seus corpos e mentes expostos quotidianamente a diversas formas de violência. A jovem e competente pesquisadora, Lívia de Barros Salgado, ao realizar sua pesquisa de mestrado (realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais- UFRRJ), ultrapassa a analítica tradicional sobre o assunto produzido] em solo nacional. Por meio de respeitosa sensibilidade historiográfica e antropológica, a autora dialoga com seus interlocutores, visando apreender como aquelas experiências de violação afetaram e ainda produzem efeitos em suas vidas. Através desse percurso investigativo, Lívia capta a delicada relação entre presente, passado, futuro, experiências políticas e dimensões subjetivas.  Esse trabalho sério e competente, publicado em boa hora, oferece aos leitores material sobre um dos temas mais recorrentes e polêmicos na luta pela afirmação da democracia, em contexto brasileiro contemporâneo: a importância do não esquecimento das violações dos direitos humanos,  produzidas pelo  período da ditadura civil – militar brasileira.” (Alessandra de Andrade Rinaldi, Antropóloga e professora do PPGCS-UFFRJ.)

 

Postado em 30/08/2020 - 10:59 - Atualizado em 17/09/2020 - 16:41

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