Luciene Alves Miguez Naiff

Tem experiência na área de Psicologia Social com ênfase em Representações Sociais, memória social, identidade, preconceito e discriminação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, juventude, família, exclusão social e situações de migrações, refúgios e exílios.

Projeto: Migração, refúgio e asilo político: um estudo acerca do preconceito, representações sociais e identidade social

Busca-se com a presente proposta, estudar a perspectiva psicossocial da relação entre migrantes, refugiados e exilados com os habitantes nativos. Utilizando a dimensão das relações intergrupais identitárias de ingroup e outgroup, a noção da formação de representações sociais e suas relações com as práticas e as teorias atuais sobre preconceito, propõem-se mapear a inserção ou exclusão de grupamentos humanos em movimento migratório por diversos motivos em países receptores. A pesquisa utilizará entrevistas, inventários sociais, evocações e será realizada com os grupos nativos, no total de 200 sujeitos além de grupos de pesquisa e intervenção com migrantes e refugiados. A pesquisa tem caráter de internacionalização e será replicada em mais dois países a saber: Espanha, Portugal. Para tanto, o projeto está sendo submetido ao CNPq e a HORIZON 2020.

Projeto: Aspectos psicossociais do ‘não fracasso’ escolar: representações sociais, identidade social e processos atribucionais de experiências exitosas em escolas públicas brasileiras 

Busca-se com a pesquisa encontrar dimensões psicossociais e atribucionais de indivíduos que compõem o ambiente escolar acerca do ?não fracasso? escolar em escolas públicas. O contexto da pesquisa são dois municípios que possuem alto e baixo Índices de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Nesse sentido, pretendemos lançar mão de teorias da psicologia social, a saber: Teoria das Representações Sociais; Teoria da Identidade Social; Teoria da Atribuição de causalidade e conceito de resiliência para melhor entender o fenômeno estudado. Pretendemos com isso, além de explorar a temática do não fracasso como forma de entender a escola pública em todas as suas dimensões, avançar na proposta de uma psicologia social mais ampla, diversificada e complementar. Serão realizados três estudos com metodologias próprias. Ao todo participarão 200 alunos e 100 professores de escolas públicas.

Projeto: Preconceito, concepções de justiça e representações sociais de grupos sociais minoritários: um estudo em diferentes contextos educacionais sob a perspectiva da triangulação teórico-metodológica.  

O presente projeto pretende aprofundar a compreensão de fenômenos geradores de preconceito a partir de uma perspectiva psicossocial, incorporando nessa compreensão a Teoria das representações sociais e concepções acerca da justiça e da injustiça. Os fenômenos a serem estudados a partir da triangulação teórico-metodológica proposta serão: a) as pessoas com transtornos psiquiátricos e com deficiência e a inclusão social; b) violência e bullying na escola e c) cotas raciais e sociais nas universidades. A formação de representações sociais e a associação com elementos com carga afetiva negativa, como o preconceito podem estar sendo atravessadas por concepções de justiça e injustiça de uma forma mais basilar. Espera-se que os resultados obtidos contribuam em dois importantes aspectos, a saber: 1) o avanço do conhecimento na área mais ampla da psicologia social no que tange as possibilidades proporcionadas pela triangulação teórico-metodológica dos estudos do preconceito, das representações sociais e das concepções de justiça; 2) a influência das concepções individualizante e coletivista de justiça na aparição do preconceito nas representações sociais e na justificação de práticas discriminatórias nos 3 diferentes cenários. Pretende-se abordar essas temáticas no ambiente educacional nos segmentos de ensino básico e universitário. O ambiente educacional é profícuo no entendimento de fenômenos sociais de grande repercussão para a vida societal por abranger indivíduos ainda em formação que, em última análise, serão os responsáveis pela manutenção das políticas públicas e legislações que garantam uma melhoria na convivência social com grupos minoritários. A pesquisa será de natureza qualitativa e quantitativa e os instrumentos a serem utilizadas são: entrevistas, tarefa de evocação livre, escalas e questionários.