Fernanda Canavêz de Magalhaes

Categoria: Permanente

E-mail: fernandacanavez@gmail.com

Instituição: UFRRJ

Linha: Clínica, Saúde e Educação na Contemporaneidade

Redes Sociais: https://www.facebook.com/marginalialaboratorio e https://www.marginalialaboratorio.psicologia.ufrj.br/

 Apresentação pessoal

Projetos de pesquisa:

Tem experiência em Psicologia Clínica, Psicanálise e Psicologia Escolar e Educacional, dedicando-se ao estudo dos modos de subjetivação contemporâneos, com destaque para a clínica contemporânea a partir dos temas do trauma, da resistência e do corpo.

Projeto: O corpo na contemporaneidade: perspectivas psicanalíticas sobre a prática de autolesão em adolescentes 
Pesquisa-intervenção que objetiva especificar a contribuição de uma experiência de escuta orientada pelos princípios éticos da clínica psicanalítica destinada a adolescentes que praticam atos intencionais de autolesão ou automutilação sem intenção de suicídio. Realizada através de acordo de cooperação técnica entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e o munícipio de Belford Roxo (RJ). Perguntamo-nos se estamos diante de uma das novas formas de apresentação dos sintomas que a contemporaneidade nos imputa. Formas de sofrimento que acompanham as novas modalidades de viver e organizações da cultura, mas que podem revelar estruturas clínicas já conhecidas e trabalhadas pela teoria psicanalítica.

Projeto: Psicanálise e contemporaneidade: trauma, imagem e percepção

Muito se fala que a psicanálise teria privilegiado em seu modelo clínico-conceitual as psiconeuroses, apoiando-se basicamente em uma teoria da representação, deixando de lado o que diz respeito à uma dimensão do irrepresentável. A proposta deste projeto é de dar os primeiros passos para um aprofundamento desta dimensão, cabendo, de saída, indagar se esta nomeação é a mais apropriada, visto que falar de irrepresentável nos parece estar remetido, inexoravelmente, ao que é do registro do representacional. O mesmo problema se verifica quando usamos a expressão ?não representação?. Ainda assim, tratando-se de uma nomenclatura utilizada pela maior parte dos autores que trabalham o tema, deixaremos esta discussão para outro momento; entretanto, isto não significa que esta nomenclatura não seja problematizada. Nosso interesse, visando dar subsídios para se repensar a metapsicologia freudiana, é debruçar sobre a questão do lugar e modo de funcionamento da percepção e da imagem no psiquismo, dando relevo não só ao funcionamento neurótico estrito senso, mas também, e principalmente, à questão do traumático nas modalidades de padecimento psíquico que caracterizam a psicopatologia contemporânea e que tem sido alvo de discussão na atualidade. Estas figuras remetem diretamente ao funcionamento do sistema perceptivo-consciência, registro que pretendemos analisar acompanhando no pensamento freudiano os textos que tratam deste tema tanto de forma explícita quanto implicitamente. Juntamente com isso, a contribuição de Ferenczi será de fundamental relevância para o propósito de nossa investigação.

Projeto: Psicanálise e contemporaneidade: a realidade e a experiência psicanalítica

Os resultados obtidos na pesquisa anterior nos conduziu a um tema que nele se encontrava implícito, mas não devidamente trabalhado: trata-se da questão da realidade. Isto porque partimos, na discussão, da ideia de uma submissão ao real. Sem pretender fazer equivaler real à realidade, ainda assim, uma distinção se fazia necessária. Além disso trabalhar com o que se designa como da ordem do inominável traz para a cena a questão do traumático como o que implode com a própria possibilidade de pensar a realidade em um registro privilegiadamente psíquico, referida ao pensamento inconsciente ou mesmo de se estabelecer uma articulação simples entre pensamento e realidade. Neste âmbito, uma das questões mais espinhosas com respeito à elaboração clínico-conceitual da psicanálise é de como situar este campo no rol dos ismos em que se insere o pensamento ocidental: materialismo, empirismo, idealismo, racionalismo ou ainda monismo, dualismo, vitalismo, todos funcionando como posições em que se pode alocar a psicanálise a depender do ponto de vista adotado e que vão conferir as figuras da realidade e do pensamento uma interpretação específica. Aderir a uma destas perspectivas decorre, a nosso ver, da subversão promovida por Freud no bojo do pensamento moderno na medida em que conceitualmente questões como normal/patológico, corpo/psiquismo, representação/irrepresentável, logos/pathos, linguagem/coisa, são alguns dos temas que trazem à cena a necessidade de um posicionamento epistemológico. Neste projeto pretendemos trabalhar o modo como o materialismo vai se configurar na trama conceitual de Freud, por considerarmos que a subversão freudiana se expressou mais claramente com esta perspectiva e que neste viés, a concepção de realidade discutida ao longo de sua elaboração teve uma importância crucial.

Projeto: Trauma e catástrofe

A pesquisa visa estabelecer uma cooperação acadêmica internacional interdisciplinar entre professores de vários institutos da UFRJ e pesquisadores de diversos departamentos da Universidade Paris-Diderot. As sedes do acordo são o Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ e a École Doctorale de Psychanalyse/Centre de Recherche Psychanalyse, Médecine et Société da Universidade Paris-Diderot. A pesquisa tem financiamento do CNPq e da Université Paris-Diderot.

Projeto: Núcleo de Estudos e Pesquisas em História (NEPHISPO), do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia. Integrante da Linha de Pesquisa Sensibilidades, Subjetividades e Sentimentos Morais.