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PPGFIL

Programa de Pós-Graduação em Filosofia

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Eventos 2020

Título: Pensamento Decolonial e os feminismos do terceiro mundo
Palestrantes: Iasmim Cristina Martins da Silva – PUC Rio e Michelle Bobsin Duarte – UFRRJ
Período: de 09/11 a 30/11, às segundas-feiras, de 14h às 16h
Carga horária total: 8h
Curso em formato virtual na plataforma Google Meet
Inscrições: https://ced.im.ufrrj.br/
Vagas: 90

Apresentação: O curso tem o intuito de apresentar uma introdução ao pensamento decolonial e aos feminismos plurais, como o feminismo decolonial e o ecofeminismo, de Vandana Shiva. Da vertente do Pensamento Decolonial, serão expostas as principais ideias dos autores Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Henrique Dussel, entre outros. O ponto de partida desses pensadores é a ideia de uma colonização epistemológica subjacente a todo o processo de colonização das Américas. Tal colonização epistêmica objetivou suprimir tanto a ciência enquanto conhecimento dos povos originários como a arte enquanto produtora de significados. Com essa perspectiva em vista, traçaremos um paralelo entre os principais pressupostos do pensamento decolonial com os feminismos decoloniais, que compreendem a produção de pensamento de mulheres sobre a condição e as lutas das mulheres do terceiro mundo por igualdade e acesso a direitos. Serão apresentadas as reflexões das autoras María Lugones, Vandana Shiva, Chimamanda Ngozi Adichie, Djamila Ribeiro, entre outras.

Para visualizar o cartaz, clique aqui: divulgação_minicurso_ufrrj

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19 de outubro de 2020 Por nulfic
I colóquio NuLFa-NuLFiC de Lógica e Filosofia da Matemática

9 a 13 de novembro de 2020

Inscrições: https://ced.im.ufrrj.br/portal/visao/pessoas/adicionar_participante.php

* Uma vez que a inscrição na plataforma é feita, procure por I colóquio NuLFa-NuLFiC de Lógica e Filosofia da Matemática e clique no símbolo “+”

** Quem já tiver inscrição na plataforma, faça login: https://ced.im.ufrrj.br/index.php

RESUMOS

Abílio Rodrigues – UFMG

On Priest on dialetheism and logics of evidence and truth

The aim of this talk is to reply to some criticisms made by Graham Priest (Some comments and replies, in Graham Priest on Dialetheism and Paraconsistency, Springer, 2019) on the logics of evidence and truth and the epistemic approach to paraconsistency. I will also present an argument to the effect that dialetheism is either a strong but implausible thesis about ontological contradictions, or a weak and old thesis about contradictions yielded by thought and language.

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Alessandro Bandeira Duarte – UFRRJ

O problema da má companhia em Frege

Em 1983, Crispin Wright publicou a pequena monografia intitulada Frege’s conception of numbers as objects, na qual ele defendeu o logicismo em relação à aritmética, sustentando que o Princípio de Hume poderia ser considerado uma definição implícita e analítica do conceito de número. A posição de Wright gerou intenso debate, principalmente em relação ao status lógico e epistêmico do Princípio de Hume. Uma das objeções mais conhecida é a objeção da má companhia, que sustenta basicamente que há outros princípios similares em forma ao Princípio de Hume e que são problemáticos. Um primeiro exemplo é a Lei Básica V que se torna inconsistente quando adicionada à lógica de segunda ordem impredicativa. O objetivo da palestra é analisar uma passagem de uma carta de Frege a Russell na qual ele parece descartar o Princípio de Hume por causa da inconsistência da Lei Básica V. Contudo, devido a um erro de tradução na edição inglesa, essa passagem sempre foi alvo de interpretações equivocadas.

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André Nascimento Pontes – UFAM

Estruturalismo da plenitude

O objetivo do trabalho é explorar vantagens e desvantagens de compreender o estruturalismo a partir de uma ótica realista em filosofia da matemática e à luz de uma estratégia análoga à oferecida por Mark Balaguer em seu livro Platonism and Anti-Platonism in Mathematics. A ideia é basicamente realizar uma avaliação crítica do cenário teórico onde a matemática tem como objeto fundamental de estudo estruturas enquanto entidades abstratas e onde todas as estruturas descritas pelas teorias matemáticas efetivamente existem.

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Bruno Bentzen – Pós-Doutorado em Carnegie Mellon University

A teoria de tipos de Frege

Há uma suposição generalizada de que a na teoria dos tipos como disciplina apenas começa com os esforços de Russell para resolver paradoxos relativos à noção ingênua de classe. Argumento que a distinção de Frege entre termos denotando objetos e termos denotando funções com base em sua saturação antecipa uma versão da teoria de tipo simples, ainda que Frege pareça vacilar entre uma consideração de funções como termos fechados e de funções como termos abertos formados sob um julgamento hipotético. No final de contas, Frege é incapaz de expressar suas concepções lógicas de forma consistente devido às suas ambições lógicas, que exigem que ele endorse a ideia de que percursos de valores são objetos.

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Daniela Moura Soares – Doutoranda no PPGLM/UFRJ

Explicações distintamente matemáticas de fenômenos empíricos comprometem-nos com entidades abstratas?

A função aparentemente explicativa que a matemática desempenha dentro das ciências empíricas tem sido bastante discutida no contexto da formulação dos argumentos explicativos da indispensabilidade a favor do realismo matemático. Tais argumentos baseiam-se na ideia de que a matemática desempenha um papel indispensavelmente explicativo nas nossas teorias científicas, e não apenas um papel representacional (Baker 2005, Colyvan 2010). O debate mais recente sobre o papel explicativo da matemática nas ciências empíricas consiste em analisar os supostos exemplos de explicações matemáticas de fenômenos empíricos à luz de ideias específicas acerca de como as explicações científicas funcionam (Baron, Colyvan e Ripley 2017, Lange 2017, Lyon 2012, Saatsi 2016). Poucos passos foram dados nesta direção, contudo, e o ob jetivo central desta palestra é examinar como as diferentes hipóteses filosóficas acerca do que é uma explicação científica interagem com as análises do papel explicativo da matemática nas ciências empíricas. Tentarei oferecer uma análise comparativa, do ponto de vista da filosofia da explicação, das várias propostas concorrentes acerca de como interpretar as explicações matemáticas nas ciências empíricas. Algumas destas propostas são favoráveis a uma interpretação realista da matemática, ao passo que outras são mais favoráveis a uma interpretação antirrealista da matemática. Cada uma delas diz coisas bastantes distintas sobre como as explicações matemáticas funcionam, associando a explicabilidade dessas explicações ou à informaç& atilde;o contrafactual (Woodward 2003, 2018) ou à informação modal (Lange 2013) ou à informação estrutural (Leng 2012) ou à informação unificadora (Baker 2017) ou à informação causal (Strevens 2018). Um dos objetivos desta palestra é, portanto, responder à questão de saber se tais propostas baseiam-se numa concepção genérica e plausível de explicação científica.

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Gisele Secco – UFSM

Culturas matemáticas computacionais: caso do Teorema da Quatro Cores

Embora seja um resultado matemático amplamente noticiado desde sua publicação, tendo sido assunto de controvérsias filosóficas desde então, a prova do Teorema das Quatro Cores (T4C) apresentada em 1977, é ainda hoje fonte de questões relevantes tanto para a história quando para a filosofia da prática matemática. Neste campo de pesquisas, o uso de diagramas e de computadores são dois temas bastante significativos. Entretanto, a profusão de pesquisas sobre diagramas – dos notórios trabalhos sobre os papéis de diagramas na geometria Euclidiana, passando por estudos de caso em aritmética, análise, topologia, teoria dos nós e mesmo na Conceitografia de Frege – não é a mesma quando o assunto é o uso de computadores. De outra parte, o modo como diagramas e computadores interagem não foi até hoje objeto de análi se nem por parte de quem se dedica a problemas conceituais relativos às práticas matemáticas nem por historiadores ou filósofos da ciência da computação. Tendo como pano de fundo alguns de meus trabalhos pregressos sobre a recepção filosófica do T4C, mostrarei nesta apresentação como uma análise da interação entre diagramas e programas na confecção da prova do T4C é ainda frutífera. Em filosofia, o caso da prova do T4C contribui para o esclarecimento de questões sobre identidade de provas e de programas; do ponto de vista histórico, o caso permite estabelecer comparações entre outras culturas matemáticas computacionais – tais como as práticas de prova em geometria chinesa antiga, estudadas por Karine Chemla ou as experimentações numéricas de Bernard Frenicle de Bessy, estudadas por Cat herine Goldstein) – e a matemática computacionalmente assistida, cujo advento a prova do T4C testemunha.

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Luciano Vicente – UFJF

Primeiros Passos na Teoria das Deduções

Não há nenhuma dúvida que o estudo das deduções é imprescindível à lógica e à filosofia da matemática, notada e hodiernamente, no caso específico da tradição finitista-formalista de Hilbert e Gentzen. Em termos mais gerais, raciocínios dedutivos são, para certos pensadores, parte da história natural e mesmo animais supostamente inferiores raciocinariam dedutivamente (o exemplo mais famoso é o do Cão de Crisipo), entretanto (menos polemicamente), é no emprego do método axiomático pelos matemáticos gregos que a dedução encontra vigor e mérito, tornando-se, assim, digna de teorizaçõeses cuja expressão primeira é a teoria do silogismo de Aristóteles e cujas expressões atuais e metamatematicamente mais elaboradas são a dedução natural e o c&aacu te;lculo de sequentes, ambos propostos inicialmente por Gentzen. O objetivo da palestra é apresentar de maneira didática e elementar alguns dos conceitos básicos da Teoria da Dedução (Beweistheorie, Proof Theory, Théorie de la Démonstration, Teoria della Dimostrazione, Teoría de la Demostración), mais especificamente, da Teoria da Dedução Natural, utilizando-se, para tanto, de vários exemplos e ilustrações didática e cuidadosamente construídos e selecionados.

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Marco Aurélio Oliveira da Silva – UFBA

Metafísica e Matemática na Recepção Escolástica da Geometria de Euclides

O tema desta apresentação é o papel que a ontologia do objeto matemático exerce na discussão sobre o papel da demonstração na filosofia da Geometria na primeira metade do século XIII, particularmente em Alberto Magno. Pois, trata-se de um período no qual começa a circular mais intensamente a recepção das traduções completas dos Elementos de Euclides, que foram feitas por Adelard de Bath e Robert de Chester, além da tradução de Gerard de Cremona ao comentário feito pelo matemático árabe Al-Nayrizi ao geômetra alexandrino. O fio condutor da apresentação é a oposição de Alberto à posição realista de seus contemporâneos Grosseteste, Kilwardby e Bacon, para os quais as entidades matemáticas teriam uma existência independente da consideração intelectual ab strativa, uma posição tipicamente oriunda de Boécio, a quem se atribuía erroneamente a tradução aos dois primeiros livros de Euclides. Influenciado por Al-Nayrizi, Alberto propõe uma ontologia diversa, julgando os objetos matemáticos como construções na imaginação a partir do fluxo do ponto.

Palavras-chave: Filosofia Medieval, Filosofia da Matemática, Filosofia da Ciência

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Marcos Silva – UFPE

Normatividade na Revisão da Lógica: uma proposta neo-pragmatista

Como podemos racionalmente justificar nossos princípios lógicos se a própria possibilidade da justificação racional os pressupõem? Como nós podemos fundamentar um conjunto de princípios básicos da razão como o correto sem circularidade ou regresso ao infinito? Minha proposta concernente ao problema da justificação e normatividade na revisão da lógica pretende desenvolver alguns tópicos apresentados no “Sobre a Certeza” de Wittgenstein, oferecendo uma visão neo-pragmatista sobre a pluralidade de lógicas não-clássicas. Aplico a “hinge epistemology” de Wittgenstein e seu anti-realismo na discussao sobre a normatividade em meio a lógicas rivais. Assim, rejeito a abordagem realista à lógica e proponho uma visão na qual a natureza de princípios lógicos está relacionada com proposi&cce dil;ões “hinge”. Pretendo mostrar que, se princípios lógicos puderem ser tomadas como proposições “hinge”, nós devemos reconhecer o papel que elementos como educação, instituição, e conversão desempenham em nossas práticas inferenciais.

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Tamires Dal Magro – Pós-Doutorado na UFSC

O que um diagrama euclidiano representa?

Proponho uma teoria acerca do papel representacional dos diagramas euclidianos – com inspiração em Goodman (Linguagens da arte) – segundo a qual eles são amostras de aspectos coexatos. Contrasto essa teoria com outras duas concepções, a saber, a concepção instancial tradicional e a concepção icônica de Macbeth, com respeito a como elas acomodam três papeis fundamentais que diagramas desempenham na prática matemática euclidiana – (i) são usados em provas cujos resultados são plenamente gerais, (ii) indicam as características coexatas que a geômetra está permitida inferir diretamente a partir deles e (iii) desempenham o mesmo papel tanto em provas diretas como em provas indiretas por reductio. Argumento que a noção de amostra é mais adequada para dar conta desses três aspectos e, por fim, ilustro suas virtudes por mei o de uma análise do quadrilátero de Saccheri.

Palavras-chave: diagramas euclidianos; reductio ad absurdum; informação coexata; iconicidade; amostras.

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Curso de extensão (remoto – pandemia COVID-19)

“Ontologia da vida e ética ecológica: uma introdução ao pensamento de Hans Jonas”

Plataforma
shttps://conferenciaweb.rnp.br

Data de início:
06/08/2020 ás 14:00h

Data de Término:
24/09/2020
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Organizadora e docente – Michelle Bobsin Duarte

Público-alvo
Geral

Tempo da atividade
24 Hora(s)

Descrição da atividade

O curso tem o intuito de apresentar uma introdução ao pensamento de
Hans Jonas (1903-1993), filósofo judeu alemão que lutou nos campos de
batalha da segunda guerra mundial, onde começou a esboçar as primeiras
reflexões sobre a sua teoria do fenômeno da vida, a qual serviu como
base ontológica para a elaboração da Ética do Futuro, uma ética
ecológica que visa a manutenção das condições de existência da
humanidade futura. O curso será ministrado em formato virtual com um
encontro semanal, sempre às quintas-feiras de 14h às 17h, no portal de
webconferência da RNP shttps://conferenciaweb.rnp.br/. Estão previstos
oito encontros conduzidos pela Profa. Dra. Michelle Bobsin Duarte,
pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRRJ, com
a participação de professores convidados, com início no dia 06 de
agosto e término no dia 24 de setembro de 2020. A carga horária total
será de 24h.

Resumo

Hans Jonas desenvolve a sua teoria do fenômeno da vida, segundo a qual
todas as formas de vida possuem em si um princípio de liberdade, que
em seu nível primário estaria manifesto no metabolismo dos seres vivos
simples e ascenderia ao seu grau máximo no ser humano. Estas reflexões
serviram como base ontológica para a elaboração do imperativo ético do
autor: “Aja de modo que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a
permanência de uma autêntica vida humana na Terra” (JONAS, 2006, p.
47). Tal imperativo demonstra a preocupação do filósofo com a
modificação da natureza do agir humano, pois, em nenhum momento da
história a humanidade pensou que sua permanência na Terra poderia ter
fim pelas suas próprias mãos. Hoje, este tema se tornou uma
possibilidade real do futuro humano devido à conjugação do
desenvolvimento de tecnologia de destruição em massa, de técnicas de
prolongamento e melhoramento genético da vida humana e aceleração da
degradação ambiental do planeta, além da concretização de uma pandemia
que, segundo o Programa das Nações Unidas para o meio ambiente, pode
ter sido provocada por desequilíbrio ecológico.

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Curso de extensão (remoto – pandemia COVID-19)

“Na sombra da teoria da justiça: contextualização e crítica ao liberalismo político de John Rawls”

Data de início:

05/08/2020 ás 16:00h

Data de Término:
07/10/2020
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docente: Walter Valdevino Oliveira Silva

Equipe
Organizador – Marcos Fanton (UFSM)

Público-alvo
Geral

Tempo da atividade
20 Hora(s)

Descrição da atividade

O curso consistirá na apresentação e discussão da obra In the Shadow
of Justice: Postwar Liberalism and the Remaking of Political
Philosophy (Princeton University Press, 2019), da filósofa inglesa
Katrina Forrester, Assistant Professor of Government and Social
Studies na Universidade de Harvard. A obra de Forrester, lançada no
ano passado, é uma das mais fortes análises críticas ao pensamento do
filósofo norteamericano John Rawls (1921-2002), principal teórico do
liberalismo político da segunda metade do século XX, cuja influência
na Filosofia Política segue determinante até hoje.

O curso pressupõe, por parte dos participantes, leitura fluente em
língua inglesa.

O curso será ministrado em formato virtual com um encontro semanal,
sempre às quartas-feiras, de 16h às 18h, no portal de webconferência
da RNP (shttps://conferenciaweb.rnp.br). Estão previstos dez encontros
conduzidos pelos Professores Doutores Marcos Fanton (Departamento de
Filosofia – UFSM) e Walter Valdevino Oliveira Silva (Departamento de
Filosofia – UFRRJ), com início no dia 05 de agosto e término no dia 07
de outubro de 2020. A carga horária total será de 20h.

Resumo:

É muito comum, em narrativas da história da filosofia política do
século XX, encontrarmos o filósofo norteamericano John Rawls como o
autor que estabeleceu uma língua franca para se discutir temas ligados
à justiça, democracia, igualdade e tolerância. A teoria de Rawls
transformou o liberalismo e sintetizou suas aspirações de conseguir,
em sociedades plurais, um consenso mínimo sobre questões políticas.
Com sua Uma teoria da justiça (1971), a formulação de teorias
políticas normativas ganhou um estatuto legítimo como disciplina na
Filosofia e marcou uma nova forma de abordagem filosófica. Contudo, é
importante notar que a crença na elaboração de utopias políticas
formadas a partir de teorias filosóficas abstratas é fruto de um
contexto social e político muito específico, que ocorreu com o
florescimento econômico pós-Segunda Guerra e desapareceu a partir da
década de 1970 em diante. A obra da filósofa Katrina Forrester, In the
Shadow of Justice (2019), é parte de um grande esforço em mostrar esse
contexto e os debates sociais, políticos e econômicos que não apenas
influenciaram, mas permitiram que a obra de Rawls tomasse o formato e
a magnitude que tomou.

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Curso de extensão (remoto – pandemia COVID-19)

“Os filósofos e o medo da morte”

Professor responsável: Francisco de Moraes Duração: 29 de abril a 03 julho

Apresentação do curso
O curso consistirá de encontros semanais, com abertura em uma quarta-feira e com todos os outros encontros às sextas-feiras, das 18h às 21h, realizados virtualmente por meio do portal de webconferência da RNP shttps://conferenciaweb.rnp.br/, do dia 29 de abril ao dia 03 de julho de 2020, totalizando 30h. Serão 10 encontros conduzidos pelo professor responsável pelo curso ou por professores convidados da UFRRJ e de outras Universidades do país, ao final dos quais será apresentado um trabalho na forma de um artigo sobre o tema ou de um vídeo que aborde o assunto de maneira didática e original. O objetivo será aproveitar os trabalhos de professores e alunos seja para organização de uma publicação sobre o assunto, pela Editora do PPGFIL/UFRRJ, seja para a produção de material didático para o Ensino Médio.
Dinâmica do curso
Encontros virtuais nos quais, a cada aula, será apresentada e discutida a abordagem de um filósofo previamente selecionado sobre o assunto, a partir de um ou mais textos do mesmo. Após a apresentação do professor responsável pela aula, de cerca de 30 minutos, será aberto espaço para a participação dos alunos por meio de perguntas e comentários. O professor conduzirá a discussão procurando permitir a interação dos alunos e o aprofundamento do tema. Antes de cada encontro, com pelo menos uma semana de antecedência, serão disponibilizados aos alunos inscritos os textos a serem trabalhados e links para artigos sobre o autor.

Público alvo
Alunos de graduação e de pós-graduação em filosofia da UFRRJ.

Objetivos
Abordar de maneira filosófica e aprofundada um tema central que tem mobilizado a sociedade e o debate público no Brasil e no mundo a partir da Pandemia do Covid-19, orientando inclusive decisões políticas de governantes e estabelecendo parâmetros para as políticas de saúde pública mediante práticas recomendadas pela OMS de isolamento social. Em questão está o seguinte problema: o medo da morte é um sentimento que precisa ser enfrentado por levar à paralisia e à inação ou seria ele um páthos que possibilita a ação refletida em vista do bem viver humano? Para investigar este problema levantamos as seguintes questões: 1. De que modo o medo da morte vem sendo utilizado seja para atacar seja para recomendar medidas de isolamento social? 2. Seria possível e/ou desejável suprimir o medo da morte? 3. De que modo o medo da morte nos constitui, positivamente, como seres humanos? 4. Que relação pode ser estabelecida entre o medo da morte e determinadas virtudes ou vícios, como a coragem e a covardia? 5. Há identidade entre medo da morte e os afetos de pavor e desespero? 6. Qual a relação entre medo da morte e ação refletida? 7. O medo da morte gera solidariedade ou acentua ainda mais a tendência humana para o egoísmo?

Resumo
O medo da morte é mais antigo do que a filosofia e mobilizou, ao longo da história, múltiplas respostas de diferentes civilizações e culturas. A religião e sua crença na sobrevivência após a morte é uma delas e talvez a mais perene e bem-sucedida de todas. Por diferentes caminhos, desde que se constitui em forma de vida reconhecível, a filosofia tem abordado o assunto e elaborado respostas racionais ao problema da vida e da morte. Em todas essas tentativas, a filosofia assume, ousadamente, o desafio de encaminhar esse temor primitivo na direção de uma postura esclarecida e de uma vida emancipada de ilusões aprisionadoras. As respostas da filosofia seguem, em linhas gerais, as seguintes direções fundamentais: 1. O reconhecimento de que a consciência da morte é algo exclusivo ou mesmo definidor da humanidade do homem; 2. O medo da morte equivaleria a algum tipo de ignorância passível de ser superada; 3. O medo da morte seria incontornável e positivo, sendo capaz inclusive de propiciar o desenvolvimento de virtudes como a coragem; 4. O medo da morte seria o fundamento da própria vida social e do Estado; 5. A superação do medo da morte, a assunção da morte, proporcionaria a alguns homens uma existência mais autêntica e livre; 6. A libertação definitiva do medo da morte seria a meta de uma humanidade emancipada ou em vias de emancipação.

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